O banqueiro Ricardo Salgado que, em finais do ano passado, viu transformada a prisão domiciliária, em Cascais, por apresentações periódicas na PSP local, viu agora o juiz Carlos Alexandre determinar que, nos próximos 30 dias, está dispensado de fazer apresentações, por motivos de férias, apurou Cascais24.
A decisão foi tomada na sequência de um requerimento apresentado pelos advogados do ex-banqueiro, o que, à partida, lhe permite deslocar-se livremente em território nacional, sem que tenha necessidade, durante este período, de deslocar-se à Esquadra da PSP de Cascais para fazer as habituais apresentações.
No entanto, Ricardo Salgado continua a estar proibido de contactos com antigos administradores do
GES e de viajar para o estrangeiro.
No âmbito dos vários processos-crime
sobre o "universo Espírito Santo", como tem sido descrito pela
Procuradoria-Geral da República, Ricardo Salgado é suspeito de crimes de
falsificação, falsificação informática, burla qualificada, abuso de
confiança, fraude fiscal, corrupção no setor privado e branqueamento de
capitais.
Em julho do ano passado, o juiz Carlos Alexandre colocou Salgado em prisão
domiciliária, na sua mansão perto da Boca do Inferno, em Cascais, mas em finais ainda do ano passado, a medida de coação foi alterada para apresentações na PSP.
O Ministério Público investiga 73 inquéritos do universo
Espírito Santo, alegadamente relacionados com a gestão do grupo e os atos
praticados no seu interior, que terão levado à derrocada do grupo, em
2014.
Além de Ricardo Salgado, são ainda arguidos na investigação ao "universo Espírito Santo" Isabel
Almeida, ex-diretora financeira do BES, que foi "braço direito" do
antigo administrador Morais Pires, António Soares, ex-diretor do BES
Vida, Pedro Luís Costa, ex-administrador do Espírito Santo Ativos
Financeiros, José Castella, antigo responsável pela tesouraria do GES, e
Cláudia Boal de Faria, que pertenceu à área de vendas e estruturação do
BES, responsável pela área da poupança do Novo Banco.
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